5 de agosto resolvi escrever sobre andança aqui em linhas virtuais imaginárias hoje andei em baixo do sol na orla venta ver o mar é uma bença vejo muita terra no caminho a cidade parece permanecer em estado constante de pequenas reformas um asfalto aqui um esgoto lá um tapume na rua de baixo homens trabalhando na de cima sigo em frente olhando pra cada coisa só de relance na chegada a minha primeira reunião com as mulheres do grupo é incrÃvel renova minhas expectativas quanto à pesquisa pelo corpo afeto arte.vida na saÃda encontro T. que me convida a esperar um pouco mais para andarmos juntes pra casa encontramos L. cochichamos na biblioteca e falamos sobre placas e gestos gastos de silêncios exigidos na universidade e na saÃda resquÃcios de construção reforma grama terra montes cones alertas riscos e zinco de contenção espaços deslimitados cutucada pela provocação de T. subo no monte de terra marrom dura firme os pés do alto vejo os carros passando é sempre bom implicar o corpo naquilo que estamos pensando a rua escura sobe desce escada e outro encontro com o mar noturno vento balança coqueiros roupas cabelos e os papéis saem voando e sendo arrastados pelo chão luzes de faróis e corrimões separam a areia do concreto paramos pra observar as ondas esse som de mar que fica dentro dos ouvidos acalma e poderia ficar horas ali mas seguimos revezamos o peso nas costas na ventania da ladeira outra parada pra ver a planta o bixo que sai da pedra no muro e chegamos ao beco da casa.
