alguma paixão de verão que passou
- Carol Dia
- 24 de mai. de 2020
- 1 min de leitura
memória inevitável
a porta aberta o ar a noite entrando em tudo (em nós) que pegasse fogo
junta corpa pele boca
palma da mão
escorrendo tudo derramando no chão
pela parede desliza puxa come deita
molhada
uma em cima da outra
olho pra cima o teto alto sem luz
inspira baixa o olhar pra dentro
expira e fora a lua brilha
mostra aos meus olhos os seus fechados pernas abertas o teto alto baixo alto baixo e o som da sua voz suave coisa nenhuma em baixo ou cima de nós ecoam no ouvido o ritmo em que aperta a pele e toca dentro e fora mexe grita sai pelos dedos língua arde queima olha ri rimos perto bem perto respira lenta longa devagar vem vir viraa joga faz e desfaz fala fuma deita acolhe e queremos mais
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