diários descontínuos
poesia que vai e vem se descobrindo dentro
memórias soltas que vão e voltam sonham rasgam florescem anunciam choram riem
começando então do instante agora com os pés na areia salgada
ver o sol sumir mais uma vez
e estar tão tão perto das águas mães
cantar aquela canção de ninar
em volta de si mesma
envolta nessa atmosfera terrestre total
que em gravidade ergue suspende cai
mantém-me firme
pés no chão
protege o ar que aqui respira e o ser que aqui vive
re-começando então de antes com os pé na terra vermeia em barro
da cor dessa minha pele ao sol
e na sombra da árvore vendo os morro verde lá longe
matéria que re-liga nois em baixo e em cima
vida-morte-vida hoje e amanhã
estava ocupada pisando essa mesma terra respirando outros ares tocando o mundo que foi sendo negado perdido
e sub-imersa em imagin-ações que do presente tempo corre quando se não quiser acordar
quando se quiser despertar pra longe
lembrar quando aquelas antes de nois pisava aqui nessa mesma terra e respirava outro ar
voltando ao futuro agora pós-pôr-do-sol
a consciência na corpa minha
sentindo as canela duendo de dançar noite de ontem com lua escondida no céu
ri e rumar respirando pisando e re.lembrando essas voltas que o mundo vivido revira hoje dentro da cabeça
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